O Júri

A palavra júri significa “fazer juramentos.” Cabe ao júri desvendar a verdade que se esconde através dos fatos narrados para se posicionar diante de uma causa processual. A vida de quem é réu está nas mãos humanas de quem se deve atribui a justiça, num emaranhado de sofrimentos, destinos e emoções e contradições. Um acusa com veemência, o outro defende, os dois tentando mostrar a exatidão e veracidade dos fatos. Alguns defende realmente a verdade acusando ou não, outros tentam manipular a verdade para confundir o júri. São sete os que se dispõem a encontrar a justiça perfeita que cabe ao réu. O júri se torna defensor do estado por algum momento, até são tratados por vossas excelências. Nos pedem um veredito justo, para podermos ficar de consciência limpa. Nos chantageiam emocionalmente para conseguir a verdade que os interessam com frases tipo: “Vocês terão coragem de condenar esse cara que nada fez, que tem uma linda família e uma esposa e filhos para sustentar?” Pensem bem no que vocês vão fazer! Mas, por outro lado, alguém diz: “Pensa na vítima que teve a vida ceifada, que não poderá mais conviver com seus familiares”. Tem hora que o peso da balança não pesa nem para um lado, nem para o outro, se equiparam. Mas o que estamos fazendo ali! Nós somos destino dos ambos lados. Somos responsáveis pela continuação da vida da família que perdeu a vítima, e também daquele que veio a se sentar no banco dos réus. Neste momento estamos entre a cruz e a espada por que as verdades nem sempre se apresentam de forma clara. Por mais, que tentam nos mostrar provas, sabemos que elas sempre podem ser manipuladas por interesses pessoais ou de terceiros. Então são proferidas réplicas, tréplicas intermináveis, até se vencerem pelo cansaço, ou o juiz dizer que já é possível executar uma sentença justa. Ser júri é agir com coerência diante dos fatos narrados, saber que o destino das pessoas estão nas nossas decisões. A hora do voto: “É um estado de emoções, sentimentos, maturidade, discernimento e oração”. A fé nos leva a uma conversa imediata com Deus para que com seus desígnios possamos escolher a opção pela justiça. O resultado, “a sentença”, esta não deverá ter o peso de uma condenação ou absolvição, mas a certeza de que a justiça foi feita para que réu no futuro, ele seja uma pessoa ressocializada e com possibilidade de adquiri um novo jeito vida, convertida e misericordiosa. E quanto ao júri comprometido e honrado fica a consciência do dever comprido perante a lei natural dos homens e de Deus.

Ledesmar José Walger

23/11/2023

Ledesmar José Walger
Enviado por Ledesmar José Walger em 23/11/2023
Código do texto: T7938612
Classificação de conteúdo: seguro