Viagens (ir)reais por meio da linguagem

Quem nunca ouviu ou contou uma pequena história, cujo início foi “Era uma vez”? Muitas vezes, quando crianças, assim que deitávamos na cama, deliciamo-nos com as fascinantes narrativas que nossos pais ou avós nos contaram.

Sim, aquela era uma das horas mais aguardadas do dia, pois podíamos visitar o interior de muitos castelos, mergulhar no fundo dos oceanos, subir ao céu por meio de um simples pé de feijão ou até mesmo embarcar em um tapete mágico para lugares desconhecidos, que só a imaginação nos proporcionava.

Era magnífico poder conhecer tantas personagens e suas histórias, as quais nos possibilitaram muitas vezes criar o nosso próprio mundo encantado. Após o “Boa Noite”, fechávamos os olhos e acordávamos para um cenário onde nós éramos as próprias personagens.

Até o despertar do dia seguinte, várias eram as atividades que desenvolvíamos tomados de encanto e de fascínio: levar bombons para a vovó, ousando, às vezes, escolher novos caminhos pelo bosque; aprender a gostar da fera, que de fera não tinha nada, pois sabia conviver na presença de uma bela pessoa, possibilitando, assim, uma relação harmoniosa, entre outras.

Hoje, podemos recordar aqueles brilhantes momentos em que viajávamos sem sair da nossa própria cama. Bastasse, apenas, que alguém folheasse um livro para embarcarmos nas aventuras do mundo fantástico.

Em meio às histórias que estão sendo escritas no livro da vida de hoje, penso que precisamos fazer muita coisa para vivermos o encantamento da vida não somente em sonho. Sim, muita coisa... Caso contrário, correremos o risco de folhearmos esse mesmo livro para a geração futura e iniciarmos a leitura de uma trágica história, a qual pode afetar diretamente o futuro desta geração, quando esta estiver idosa.

Robson Rua
Enviado por Robson Rua em 14/03/2017
Código do texto: T5940944
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