Pelo nosso direito de resposta

Senti a pulsação de cada palavra, a entonação de cada ponto, o envolvimento por trás de cada parágrafo. Li, do início ao fim, uma fantástica reivindicação pelo direito de ser intensa(http://www.poligrafias.com.br/pelo-o-meu-direito-de-ser-intensa-2/). Li como quem lê, nas palavras de outra pessoa, a representação escrita dos próprios pensamentos.

Em resposta àquele texto, peço licença para grafar em folha, para deixar registrado, que existem, sim, moleques babacas. Moleques que, por não entenderem ou por ignorarem os direitos das mulheres, acabam por difamar a reputação dos verdadeiros homens.

Entristece-me saber que, infelizmente, vivemos rodeados por seres humanos tão desprovidos de informação, criticidade e decência. Quero dizer, no entanto, que a pequena parcela da população masculina que está alinhada aos interesses femininos de igualdade, respeito e harmonia também se sente ofendida com atitudes machistas.

Sabe o que esse grupo minoritário de homens acha de mulheres que enchem a cara, dançam em cima da mesa do bar e se responsabilizam pelo flerte? Bom, nós as achamos o máximo! Nós as vemos como pessoas extrovertidas, que não ligam para as restrições imbecis que lhes são impostas e que seriam ótimas companhias não apenas para o sexo, mas também para um bom bate papo entre bêbados.

Esse seleto grupo jamais precisará convidar-lhes para um barzinho cult caríssimo. Homens que também querem apenas se divertir podem, simplesmente, pedir tequila pra dois e torcer para que vocês aceitem. Talvez julguemos o quão bem resolvidas vocês são, não pela decisão de transar conosco na primeira noite, mas pela rapidez com que vocês aceitam ou recusam compartilhar um drink. Percebam que há a opção de recusar. Não ficaremos tristes. Só não rolou, e daí? Viraremos ambos os copos pra comemorar a tentativa.

Lembram-se daquela velha história sobre precisar existir um clima? Pois é, homens estão certos de que ela é verídica. Mesmo quando o sexo é por diversão, precisa haver conexão, vontade mútua. Não queremos que seja na primeira, na segunda ou na terceira vez. Só queremos que seja, porque estamos interessados, porque fomos conquistados.

Por vocês, molharemos os pés, encharcaremos as canelas, nos cobriremos por água. Se a temperatura esfriar, subiremos à superfície, se esquentar, iremos às profundezas. Nunca nos julguem covardes. Pelo nosso direito de resposta, queremos que saibam: somos intensos, gostamos de intensidade e queremos vocês ao nosso lado, pra conversar ou transar, aí depende.