Renúncia: uma consequência da separação

Assumir a função de um pai dentro de um lar é uma missão mais que difício para uma mãe dentro de um lar, e , completamente delicada para o filho que na sua fase de adolescente, arduamente renúncia os prazeres da vida jovem para ter que dividir com a mãe a responsabilidade familiar. Falo isso com convicção.

Aos 15 anos, vivenciei fatos que não estavam programados para a minha vida juvenil; Meus pais, por motivos que não couberam a mim saber, decidiram cada qual seguir seu rumo. Como filho diante dessa situação, busquei alternativas que viessem a cobrir o grande espaço deixado por meu pai na minha família: o pequeno espaço da educação, da atitude, da moral, da relação afetiva e da força de trabalho, dentre os quais mais me empenhei no útimo

Ainda que estudasse, tive que enfrentar uma longa jornada de trabalho da qual, saía de casa quase de madrugada e só retornava à noite quando terminavam as aulas.Por esse motivo, poucas vezes dialoguei com meus amigos jovens, tão pouco – ou nunca – dediquei um dia inteiro de lazer aos meus familiares. Sentia muita vontade de ir às danceterias da noite e aos pic-nics, desses realizados na vizinhança. Entanto, também desejava que eu e minha família vivêssemos – apenas! – vivêssemos, dignamente.

Se eu tivesse que nascer de novo e engajar na sociedade precocemente, e ainda mais vivenciar a sua realidade, Concerteza pediria a Deus que não fosse mais através da separação dos meus pais.

Robson Rua
Enviado por Robson Rua em 02/07/2007
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