Universo, uni verso, um verso, um ver só.

E ela possuía uma certa fascinação pelos astros, amava deitar e poder olhar as estrelas. Ela conhecia constelações simplesmente por olhar todos os dias as estrelas sorrirem para ela. Acreditava que uma daquelas estrelas era dela, o lugar onde pertencia. Não se encaixava em lugar algum e então talvez em algum cosmo fosse seu lugar. Passava por buracos de minhoca e se teletransportava para novas dimensões, com novas estrelas; algumas já mortas lá longe que ainda emitiam seu brilho, mas novamente se deparava sozinha, fora de si. Amava os astros pois nunca conhecera algo tão lindo quanto estrelas, planetas, cosmos, galáxias. Jamais conhecera algo tão misterioso quanto o infinito universo. Amava tudo isso pois buscava conhecimento, sentia sede de saber o que havia lá fora. Olhava todos os dias o céu, tanto de dia quanto de noite, pois sempre queria ver o infinito. Repousava sobre si mesma e perguntava se algo lá fora era dela. Mal sabia que o universo todo estava suprimido nas palmas de suas mãos. Era tanta a grandiosidade, tantos mistérios, tanta perfeição. Uma única molécula fora do lugar poderia derrubar todos os planetas de suas órbitas. Não estou falando sobre as galáxias. Estou falando sobre ela. Ela sonhava em ser grande como o universo, e não sabia que era maior que este. Diziam eles que ela era esquisita, louca varrida, e ela dizia que, de fato, era. Era varrida todos os dais como pó cósmico para debaixo do tapete sideral.

Sarabi
Enviado por Sarabi em 08/11/2015
Código do texto: T5442215
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