Voz estridente!

Estapeadas. Bofeteadas. Machucadas. Chutadas. Caladas. Proibidas de dar sua opinião, diminuídas diante da brutalidade dominadora dos homens que temem diante da percepção das mulheres, escolhendo por pisá-las e maltratá-las, invés de se juntar a elas. Homem que diante de Deus e todos os familiares prometeu amá-la e protegê-la, acaba virando o próprio agressor. Homens que já não precisam ter motivos para quebrar os juramentos, cometendo um ato tão brutal e sem caráter, às vezes, diante dos próprios filhos. E mesmo que tivessem, conforme dizia João Paulo II “A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”.

A mulher foi feita da costela do homem, dos pés não para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do seu braço para ser protegida, e do lado do coração para ser amada.

Diante da tamanha covardia dos agressores, muitas mulheres se calam, já outras não conseguem calar a voz estridente, fazendo vários protestos femininos, do qual me orgulha ser uma mulher brasileira. Me orgulha do fundo do coração de ver as caras pintadas, o peito inflado e o grito que ecoa da multidão, que todos juntos fazem a diferença. Porém digo, fazer a diferença não é colocar fogo em ônibus ou quebrar coisas. Crianças. Idosos. Mulheres agredidas, ninguém ou nenhum marido é maior do que vocês!

Como demonstração há uma história de exemplo de violência contra a mulher, “Eram um jovem casal, que depois de um tempo teve brigas, mais brigas e mais brigas, mas, tudo bem, porque depois da briga, ele se mostrava arrependido dando flores a sua mulher, e sempre depois de bater nela, ela recebia pedidos de desculpas e um buquê, até que um dia ela recebeu flores... no seu funeral.

Não a nada no mundo de força maior ou definitiva do que a voz estridente de alguém que não se cala, não se calou e jamais, jamais, se calará. Por isso a todas as mulheres do mundo, não esperem receber flores em seu inteiro.

Vocês não estão sozinhas!