Intervalo entre os poemas-crônicas

Acredito que a ironia, o sarcasmo, não têm préstimo quando fogem à comédia, à sátira. “Poema crônica do fim de um mundo crônico”, obedece ou não a essa regra? Afinal a sátira se inicia, ora através da arte cênica, ora do texto picardio. Não acredito que nesse mundo contaminado por desatenções e insensibilidade, possamos tirar mais algum proveito do escárnio que se prolonga e estaciona lugar comum.

Tento manter a crítica bem-humorada, espirituosa... Qualquer abuso a partir daí me trará à destra, o instrumento cortante e depredador, da pureza que precisa a todo custo ser protegida e guardada como jóia rara.

A princípio, até me envaideci com a composição do Poema. Me achei o máximo atirando minhas pedras bem lapidadas. Mas nesse momento, quando libero desmedida a sátira, nesse instante em que distraidamente, permito que esse humor voraz, mastigue, digerindo de vez, a inocência que guarda aquele espírito puro que cura, não seria a minha caneta, ali então, também, um invento de causar morte?!?...

Com medo de causar evento tal, qual e mal, tal Bush, ou Saddan Hussein, foi que quase teve morte certa este poema. Antes, no pensamento, eu já o havia rasgado em muitos pedaços pequenos e o atirado no lixo. Foi salvo, pela necessidade de exercitar e provar que existe a possibilidade de reverter, todo e qualquer processo destruidor, maldito. Salvo por uma inspiração maior... Lancei ao mundo um veneno, agora envio o antídoto...

NOTA: leia na sequência, "Poema-crônica do começo de um mundo brasileiro, que será". Período 2002-2008.

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 17/01/2014
Reeditado em 10/02/2014
Código do texto: T4653113
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