Para que servem as aulas de história?

Sou favorável à luta dos professores por um salário mais digno, e, além disso, por condições mais humanas de trabalho, mas acredito que se em dois meses a categoria ainda não conseguiu nada, é necessário que se repense na condução desta greve, pois os sonhos de muitos acadêmicos ficarão somente na base dos sonhos. Ah! Esse pode ter sido um argumento emotivo... Então não apenas brinquemos de democracia, façamos jus ao nosso papel de cidadão.

Como podemos aceitar que corruptos desviem dinheiro público sem que nada deles seja tirado: não se cobram devolução desse capital, não se implantam limites para o furto, não se criam medidas punitivas. Em que sociedade e século estamos? Vamos voltar e passear pela história da humanidade. Este país já enfrentou a cruel realidade de uma ditadura, onde se quer tinha-se a liberdade de expressão, hoje a temos, mas não a usamos.

Vamos pintar nossas caras! Vamos decidir o nosso próprio futuro, porque desde 15 de novembro de 1889 nos enganam que proclamaram uma república. Ai! Chega disso, estou saturado de discursos falaciosos. É emissora revivendo as proezas do DIP. São intelectuais renomados, com muito respeito a alguns, brincando de decidir a condenação daqueles que se jugam inocentes, em meio à lavagem de dinheiro. E são profissionais competentes, com anos de formação acadêmica, considerados abusivos.

Vamos mudar os ecos de nossa história: “amemos e combatemos”. Não sou radicalista, mas bem que os alunos do ensino médio poderiam se dedicar mais ao ensino, sobretudo, no que concerne às aulas de história, pois seria fundamental que eles soubessem quem foi Robespierre e o que ele representou para a França. Assim o futuro só dependerá deles. Docentes utilizem os seus conhecimentos das aulas do ensino médio, principalmente das aulas de história. Futuros professores utilizemos a nossa capacidade de reflexão acerca dos fatos que mudaram os rumos de nossa humanidade, pois nossos futuros alunos, certamente, terão menos chances de vivenciar a desmoralização que nossos “mestres” estão passando.

(RUA. Robson. Acadêmico do Curso de Letras da UFPA)