Não escrevi - EC
Não escrevi, não mandei carta, bilhete ou recado.
Por quê?
Eu prefiro de falar.
Falar olhando nos teus olhos, observando suas reações.
Até quis, um dia, escrever. E, escrevi uma linda carta.
Mas não coloquei no correio. Iria demorar a chegar E eu tinha pressa que soubesse do que eu queria dizer.
Queria dizer dessa minha mania de pressa de querer dizer tudo agora, já. Saber as respostas ou não respostas...
Sabe que não me arrependo de ser assim?
Sinto todas as vibrações ao vivo. Gostas do que digo, do que falo, do que penso, eu vibro, fico feliz e até choro. Mas se me contraria, se não gosta de algo que fiz ou disse então, me ponho a chorar feito criança mimada que queria o presente e não ganhou...
Sou assim mesmo. Mimada.
Sabe quem mais me mimou? Meu pai? Minha mãe? Nem pensar! Eles me educaram. Foi você. Sempre fez minhas vontades, satisfez meus desejos, meus anseios, minhas alegrias...
Não só um dia que te escrevi... Foram vários, quando estava só em casa, te aguardando chegar do trabalho. Aí, guardava e desistia, não mandava. Pra quê? Você ia chegar e eu guardava e esperava e espero com ansiedade a hora que você chega para te dizer que escrevi algo e não te enviei.
Engraçado. Escrevo para tantas pessoas, envio emails, mas para você não. Gosto de conversar, te ver sorrir, ouvir as suas sonoras gargalhadas quando conto algo dos netos, dos filhos do trabalho. Em fim, as vezes que escreve não mandei. Guardei.
Acredito que fiz bem. São bons momentos de “papo” na sala à mesa das refeições quando os meninos também participam e vira aquele “auê” de risos, de falação.
Por isso escrevi muitas vezes e acabei não enviando. É melhor ao vivo e em cores. Cores da presença, da satisfação, da serenidade, do bem estar, do convívio familiar. Está sempre muito, muito próximo de mim, de nós.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Escrevi, mas não mandei
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/escrevimasnãoenviei.htm
Peço desculpas pelo atraso. Passe a manhã no hospital reavaliando
meu coração.
Não escrevi, não mandei carta, bilhete ou recado.
Por quê?
Eu prefiro de falar.
Falar olhando nos teus olhos, observando suas reações.
Até quis, um dia, escrever. E, escrevi uma linda carta.
Mas não coloquei no correio. Iria demorar a chegar E eu tinha pressa que soubesse do que eu queria dizer.
Queria dizer dessa minha mania de pressa de querer dizer tudo agora, já. Saber as respostas ou não respostas...
Sabe que não me arrependo de ser assim?
Sinto todas as vibrações ao vivo. Gostas do que digo, do que falo, do que penso, eu vibro, fico feliz e até choro. Mas se me contraria, se não gosta de algo que fiz ou disse então, me ponho a chorar feito criança mimada que queria o presente e não ganhou...
Sou assim mesmo. Mimada.
Sabe quem mais me mimou? Meu pai? Minha mãe? Nem pensar! Eles me educaram. Foi você. Sempre fez minhas vontades, satisfez meus desejos, meus anseios, minhas alegrias...
Não só um dia que te escrevi... Foram vários, quando estava só em casa, te aguardando chegar do trabalho. Aí, guardava e desistia, não mandava. Pra quê? Você ia chegar e eu guardava e esperava e espero com ansiedade a hora que você chega para te dizer que escrevi algo e não te enviei.
Engraçado. Escrevo para tantas pessoas, envio emails, mas para você não. Gosto de conversar, te ver sorrir, ouvir as suas sonoras gargalhadas quando conto algo dos netos, dos filhos do trabalho. Em fim, as vezes que escreve não mandei. Guardei.
Acredito que fiz bem. São bons momentos de “papo” na sala à mesa das refeições quando os meninos também participam e vira aquele “auê” de risos, de falação.
Por isso escrevi muitas vezes e acabei não enviando. É melhor ao vivo e em cores. Cores da presença, da satisfação, da serenidade, do bem estar, do convívio familiar. Está sempre muito, muito próximo de mim, de nós.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Escrevi, mas não mandei
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Peço desculpas pelo atraso. Passe a manhã no hospital reavaliando
meu coração.