MINHA RELAÇÃO COM A LÍNGUA PORTUGUESA

Minha relação com a língua portuguesa vejo com muito contentamento, pois, considero-me um falante que registro nos meus falares, traços linguísticos que identificam minha região, minha cultura e de certa forma, minha escolaridade, ou seja, acho que com o meu estilo de linguagem consigo estabelecer uma identidade idiomática definida ou reconhecida como sendo de um falante da região Nordeste do Brasil.

Mesmo possuindo características linguísticas próprias da minha região, percebo que a utilização diária da língua requer um exercício constante de policiamento, para que seu manuseio transcorra o mais próximo possível atendendo às exigências gramaticais, entre elas, as concordâncias verbais e as acentuações gráficas. Sem dúvida que falar o idioma português é mais fácil que escrevê-lo. Falando eu posso transitar pelos atalhos que a língua possui para dizer o que penso ou o que quero. Escrevendo não tenho a mesma flexibilidade, a menos que eu não leve em consideração as normas gramaticais, as quais são praticadas, por exemplo, pelos escritores que fazem da escrita uma bela arte.

Tendo contatos com alguns desses mestres da arte de escrever, pude conhecer algumas obras de Sidney Sheldon (O reverso da medalha), Edgar Alan Poe (O crime da Rua Morgan, O corvo), Platão (O banquete), entres outros. Mas lembro-me de um livro intitulado “O Médico de homens e de almas”, que buscava curar as doenças do homem em seu interior para só depois curar as doenças exteriores.

Sua autora, Taylor Cardewell, lançado em 1958, defendia a opinião de que muitas doenças adquiridas têm suas origens determinadas por fatores externos. Esse livro deixou boas lembranças.

Como abordei anteriormente a respeito das facilidades de falar em detrimento da de escrever, devo reconhecer que escrever significa registrar em grafias os nossos anseios, as nossas propostas, os nossos projetos, com também, registrar nossos sentimentos. Definitivamente, escrever é oficializar documentalmente fatos vividos no presente com possibilidades de serem revistos posteriormente.

Rebuscando meu passado com a escrita, lembrei-me que quando criança, nos anos iniciais entre a 3ª ou 4ª série, meu pai comprou, por solicitação da professora, um caderno de caligrafia. A intenção era melhorar meus “garranchos”. Por muito tempo tentei aprender a fazer aquelas letras cheias de curvas e contornos, inutilmente. Continuei escrevendo de um jeito todo particular, cito: tudo o que eu escrevia, no mesmo dia, eu e Deus conseguíamos lê. No outro dia, só Ele conseguia lê. Felizmente o presente texto é digitalizado, facilitando assim a compreensão do mesmo o que, seria impossível caso fosse manuscrito.

Antonio Rodrigks

Feira de Santana, nov./2008.

ANTONIO RODRIGKS
Enviado por ANTONIO RODRIGKS em 24/02/2010
Reeditado em 16/06/2023
Código do texto: T2104216
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.