A História do Homem - Parte LXXXVI (Joseph Stálin 1879-1953)

Iosif Vissarionovitch Djugatchivili, o homem responsável pelo maior número de mortes violentas em toda a história moderna (e talvez em toda a história da humanidade), nasceu em Góri, na Geórgia, em 21 de dezembro de 1879.

Depois da morte de seu pai, em 1890, sua mãe o forçou a ingressar no seminário. Mas o jovem Djugatchivili saiu de lá para ingressar no Partido Social Democrático em 1901. Em 1903, ele uniu-se ao Partido Bolchevique, de Lênin.

Em 1912, na época em que Lênin o fez membro do Comitê Central dos Bolcheviques, ele assumiu o nome de Stálin, que significa “homem de ferro”.

Stálin tomou parte da Revolução Russa de 1917, quando os bolcheviques derrubaram o governo do czar russo Nicolau II (1868-1918) e tornou-se secretário geral do Comitê Central em 1922, mesmo ano em que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi formada.

O cargo lhe deu controle sobre a aparelhagem do Partido Bolchevique – mais tarde chamado de Comunista. Quando Lênin morreu, em 1924, Stálin afastou seus vários rivais, incluindo o mais radical deles, Leon Trotsky (1879-1940), para chegar ao poder absoluto no partido e na URSS.

As metas de Stálin era começar a nacionalizar todas as terras produtivas e as fábricas, além de industrializar a URSSS em larga escalda.

A última delas foi atingida por meio de três planos qüinqüenais, adotados por ele em 1928, 1933 e 1938 Recusando-se a tolerar qualquer oposição interna em seus quadros, ele prendeu, condenou e executou mais da metade do Comitê Central do Partido e do Congresso do Partido. Durante a década de 1930, ele prendeu e executou cerca de 20 milhões de pessoas, a maioria russa.

Apesar da brutalidade de Stálin – ou talvez em função dela -, a URSS estava totalmente despreparada para a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) quando da invasão alemã em 22 de junho de 1941.

O sucesso militar dos alemães foi imediato e somente o rigoroso inverno russo impediu a chegada das tropas de Hitler a Moscou em Dezembro.

Depois, Stálin reuniu seus seguidores, montou o maior exército do mundo e ajudou as forças aliadas a conquistar a Alemanha em 1945. No processo de liberação de vários estados soberanos tomados pela Alemanha, o Exército Vermelho de Stálin ocupou estados antes independentes, como a Polônia e a Romênia.

Como a Segunda Guerra Mundial se aproximava do fim, Stálin, Winston Churchill e Franklin Delano Roosevelt se encontraram na Conferencia de Yalta, na Criméia Soviética, para discutir como seria a configuração da Europa após a guerra.

Nisso, Stálin convenceu os demais a adotar seu plano de quebrar as pernas permanentemente da Alemanha e manter estados “amigáveis no leste europeu.

Embora Stálin fosse comunista, sua motivação derivava não tanto de um desejo de perpetuar a doutrina dessa filosofia econômica, mas sim de seu conceito político de uma União Soviética poderosa, rodeada de nações que estivessem sob seu controle. Ele apoiou uma revolução comunista na China, que teve sucesso em 1949.

Ele pensou também em usar o Exército Vermelho para se apoderar da Europa Ocidental, mas desistiu da idéia devido à ameaça de que um ataque ao Oeste Europeu poderia causar uma retaliação nuclear americana.

Assim começou a Guerra Fria. Embora Stalin terra morrido em 5 de Março de 1953, e tenha sido condenado por seus sucessores, o impasse nuclear entre Estados Unidos e união Soviética durou ainda por mais uma geração.

*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo * Editorial Prestígio – Bill Yenne

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Quando lemos a história é difícil nos colocarmos dentro da situação real dos períodos assinalados. Podemos vagamente imaginar os movimentos, as origens e as conseqüências de muitos atos praticados pelos personagens principais.

Mesmo que a real verdade não seja escondida para sempre, por longo tempo a “verdade “da história é contada somente pelos vitoriosos.

As mortes nos revoltam e mostra também que aquele que suja suas mãos com sangue nunca é reconhecido como um grande homem.

A existência do ser humano sobre a terra é tornada confusa por sua própria inteligência.

Ser ou não ser é um dilema onde muitos julgam terem o poder sobre todos os demais e governam por seus objetivos nem sempre transparentes.

O julgamento das futuras gerações não alterará mais a história que se fez, mas quanto mais conhecemos o passado, mais saberemos como nascem os hipócritas, os governos vestidos em lã de carneiro ou os grandes movimentos econômicos camuflados em ajudas humanitárias.

Robertson
Enviado por Robertson em 24/06/2009
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