A História do Homem - Parte LXXXII (Santos-Dumont 1873-1932)

O mais genial e notável inventor brasileiro.

No Brasil e na França ele é considerado como o Pai da Aviação.

Sua maior façanha foi fazer com que um aparelho mais pesado que o ar conseguisse voar.

Isso aconteceu em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, em Paris, onde Santos-Dumont morava. Movido a propulsão própria, o 14-Bis (que pesava 160 quilos, tinha 10 metros de comprimento e 12 de envergadura) conseguiu realizar um vôo com mais de 50 metros de distância, a 2 metros de altura do chão, durante cerca de 7 segundos, diante de uma comissão fiscalizadora do Aeroclube da França, que havia prometido um prêmio em dinheiro para o primeiro9 home que realizasse um vôo.

Em quase todos os outros países do mundo, os irmãos norte-americanos Wilbur (1867-1912) e Orville Wright (1871-1948) são considerados os pioneiros da aviação por terem voado em 17 de dezembro de 1903, três anos antes de Santos Dumont. Mas a principal diferença, além de o vôo dos irmãos Wright ter sido feito sem a presença de uma comissão científica ou testemunhas, é que os americanos não fizeram um vôo autônomo (ou seja, o avião deveria subir por seus próprios meios). O aparelho dos Wright foi catapultado contra o vento e somente depois conseguiu se sustentar no ar.

Diferente do que ocorrera com Santos-Dumont, em Paris.

Alberto Santos-Dumont nasceu em 20 de julho de 1873, em Cabangu (MG). Filho de uma família de posses, seu pai era plantador de café, o jovem logo se interessou pelo estudo de mecânica.

Em 1892, Alberto foi para Paris, na época, a mais importante cidade da Europa. Lá, mergulhou no estudo de balões dirigíveis e construiu vários deles, que voavam, com Santos-Dumont a bordo, sobre os céus de Paris.

O primeiro chamava-se Brasil, em homenagem a seu país, e subiu em 1898. Em julho de 1901, com o dirigível número 5, ele circulou a Torre Eiffel.

Em agosto do mesmo ano, Santos-Dumont, que em Paris, era conhecido como Petit Santos devido à sua baixa estatura, sofreu um grave acidente e quase morreu. Seu balão número 5 caiu ao chocar-se com o Hotel Trocadero. Nem o suste fez com que o audaz brasileiro desistisse de seus balões.

Em novembro, ele contornou novamente a Torre Eiffel, ganhando um premio oferecido pelo Aeroclube da França.

Em 1902, ele viajou para os Estados Unidos, onde visitou os laboratórios do inventor Thomas Edison em Nova York e, em seguida, foi recebido em Washington pelo Presidente Theodore Roosevelt. Depois de voltar á França, Santos-Dumont continuou a inventar balões e fazer demonstrações públicas na cidade.

Mesmos depois do sucesso do 14-Bis em 1906, o aviador não parou de tentar aperfeiçoar sua máquina voadora.

Em novembro de 1907, ele testou um novo aeroplano, chamado Mademoiselle, cuja hélice era instalada no “nariz” do aparelho. Na cauda ficavam os lemes de direção. Desse modelo saíram quase todos os aviões fabricados posteriormente.

Em janeiro de 1909, obteve o primeiro breve de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.

Em dezembro de 1928, uma tragédia marcou sua vida. Quando chegou à Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, presenciou um grave acidente com um avião que voava para homenageá-lo. O aparelho bateu com uma das asas nas águas do mar e afundou. Todos os sete tripulantes morreram.

Aos poucos, porém, o genial Santos-Dumont começou a dar sinais de depressão, aliada aos terríveis sintomas de uma doença que provocava fraqueza nas pernas e nos braços e falta de coordenação motora.

Em 1931, ele faz uma temporada de tratamento na Suíça.

Depois, voltou ao Brasil e foi morar em Petrópolis (RJ) e no Guarujá (SP). Em 1932, o país estava dividido por uma guerra, que opunha São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas.

Ao ver os aviões, que ele havia inventado, sendo usados para fins militares, em 23 de Julho, aos 59 anos de idade, Santos-Dumont enforcou-se com uma gravata no banheiro do Hotel La Plage, no Guarujá.

Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne

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Um texto, (uma vida) maravilhosa com um final surpreendente.

Confesso-me emocionado ao imaginar estes momentos da História.

Um homem inventa um aparelho para o bem estar do ser humano.

Para que ele se deslocasse de um lugar ao outro em menos tempo.

E o que ele vê? Em seu próprio país sua invenção sendo utilizada para matar ao seu próprio povo. E entre si mesmos.

Muitos detalhes me chamam a atenção deste único brasileiro que pertence a esta obra .....A História do Homem..

A sua busca incansável pelo saber.

Usou a mecânica na busca de seus sonhos.

Foi um gênio

Foi um notável inventor.

Obteve o primeiro breve de aviador na França (na época a mais importante cidade da Europa)

Com seu suicídio que lamentamos profundamente mostrou ao Mundo para sempre seu inconformismo com a utilização de sua invenção em guerras.

E este fato marcante:

“Em novembro de 1907, ele testou um novo aeroplano, chamado Mademoiselle, cuja hélice era instalada no “nariz” do aparelho. Na cauda ficavam os lemes de direção. Desse modelo saíram quase todos os aviões fabricados posteriormente”

Gostamos de saborear o fruto, mas gênio é quem planta a semente.

A Ti Santos-Dumont nosso reconhecimento pela tua nobre invenção.

Oferecesse-nos o conforto, o ganho de tempo, vencemos distâncias em tão pouco tempo, Imagens exuberantes desta terra e dos céus observamos dos aviões que hoje são inúmeros.

Poucas vezes lembramo-nos de Ti, mas quando o fazemos é com muita emoção.

Robertson
Enviado por Robertson em 16/06/2009
Código do texto: T1652410