A História do Homem - Parte LXXXI (Lênin (Vladimir Ilitch Ulianov 1870-1924)

Lênin, o homem que impôs o comunismo ao decadente Império Russo, nasceu em Simbursk (posteriormente Ulianovsk), na Rússia. Ele era filho de um nobre sem muita expressão e irmão mais jovem de um revolucionário executado por conspirar contra o imperador russo, o Czar Alexandre III (1845-1894). Na década de 1890, Lênin e outros se dedicaram a derrubar a monarquia do Império Russo, a maior nação de terras contíguas do mundo.

Apesar de seu tamanho, a Rússia tinha se mantido como uma nação atrasada e primitiva, onde não se via quase nenhuma influência da Revolução Industrial ou das melhores sociais que ocorreram na Europa um século antes.

Governados por autocráticos czares da dinastia Romanov, os russos vinham se tornando cada vez mais inquietos. Houve um primeiro levante em 1905, depois de a Rússia ter perdido a Guerra Russo-Japonesa (1904-905), mas o Czar Nicolau II (1868-1918) o dispersou com sucesso. Em 1914, a Rússia foi à guerra contra os alemães na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Depois que os exércitos de Nicolau foram derrotados, a situação nacional começou a fugir do controle. A estrutura social e econômica do Império Russo acabou desabando sob seu próprio peso e sob a tensão da guerra. Entre 1915 e 1916 ocorreram várias revoltas por alimentos. E, em 1917, explodiu uma revolução em grande escala. Em 2 de março de 1917, o czar foi forçado a abdicar.

Seguiram-se diversas tentativas fracassadas de estabelecer um novo governo. Conforme a anarquia e a fome assolavam os campos, a Rússia se tornava um solo fértil para a doutrina do socialismo pregada pelo filósofo e economista alemão Karl Marx (1818-1883), cuja teoria comunista sustentava que as massas poderiam ter o que precisassem simplesmente se apoderando das propriedades dos ricos. O mais violento e organizado dos grupos socialista era o dos bolcheviques, que haviam se oposto veementemente ao czar. Quando os Democratas Constitucionais, liderados por Alexandre Kerensky (1881-1970), iniciaram um governo, os bolcheviques também os atacaram. Em 7 de novembro de 1917, Kerenky foi derrubado num golpe sangrento, e o s bolcheviques tomaram o poder, estabelecendo um Conselho de Comissariados do Povo para governar a Rússia. Lênin, que morava na Suíça quando a revolução estourou, tornou-se líder do Conselho e o primeiro governante da Rússia pós-imperial.

O novo governo de Lênin encontrou muita oposição. Mas, em março de 1918, ele assinou um tratado de paz com a Alemanha, podendo, assim, trazer de volta para a Rússia tropas leais à sua causa e silenciar os que discordavam dela.

Lênin executou o czar e sua família, mas manteve o império simplesmente mudando o nome das colônias para Repúblicas Socialistas Soviéticas e incorporando-as num novo império russo em 1922, que ele chamou de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Lênin morreu em 21 de janeiro de 1924 na vila de Gorky, nas redondezas de Moscou, e foi sucedido por Josef Stálin.

*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo

* Editorial Prestígio – Bill Yenne*

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Num período de grandes revoltas nada mais mexe com o povo do que a fome e períodos de guerra envolvem a falta de muitas coisas, da comida e da razão.

Interessante o fator determinante para tantas revoltas.

A Rússia tinha se mantida alheia ao desenvolvimento industrial de quase um século antes na Europa.

As revoluções como vemos não surgem da noite para o dia.

São alimentadas na impaciência do povo que deseja melhorias no seus status social.

Não se trata de grandes obras, mas sim de obras constantes, onde se vê o Estado trabalhar oferecendo segurança, alimentação, e benfeitorias.

Nada revolta mais um cidadão do que o seu esquecimento pelo Estado.

Uma vez que ele é pagador de impostos que quase nunca retornam para ele mesmo em forma de serviços.

Não existe segredo, revolta ou filosofias que mudem um simples raciocínio: Se existe um governo eleito pelo povo, ele deve governar para o povo e não para si mesmo ou atender interesses particulares de uma minoria.

Robertson
Enviado por Robertson em 15/06/2009
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