A História do Homem - Parte LXXIX (Henry Ford 1863-1947)

Nascido próximo a Dearborn, na periferia de Detroit, Michigan, Henry Ford ainda jovem se interessou pelo funcionamento da mecânica interna dos equipamentos e maquinas inventadas durante a Revolução industrial e que, na segunda metade do século dezenove, haviam se tornando comuns nos Estados Unidos. Treinado como maquinista, ele se tornou engenheiro-chefe da Companhia Edison em 18867.

O motor de combustão interna fora inventado na Alemanha por Nikolaus Otto (1852-1891) quando Ford tinha treze anos de idade. O automóvel, inventado na Alemanha por Gottlieb Daimler (1834-1900) e Wilhelm May-back (1846-1929) – alimentado por um motor de combustão interna – surgiu quando ele tinha 26 anos. Os automóveis, quando apareceram , logo inspiraram as pessoas da geração de Ford que viram o imenso potencial daquela novidade.

Enquanto os mais velhos ainda encaravam como um maquina inútil e sem aplicação pratica, Ford construiu seu primeiro automóvel em sua casa em Detroit, em 1893, e deixou a Companhia Edison quatro anos depois para se dedicar integralmente à construção de outros automóveis. Com 28 mil dólares, ele fundou em 1903 a Companhia de Motores Ford e no mesmo ano lançou o Ford Modelo A.

Até aquela época, os automóveis eram em sua maioria feitos sob encomenda e cada máquina era diferente das demais. O primeiro automóvel produzido em quantidade foi o Curved Das Oldsmobile, construído em 1901 por Ransoom E. Olds (1864-1950), outro mecânico de Detroit. Seus Oldsmobiles, no entanto, eram feitos um a um e muito lentamente.

A grande sacada de Ford foi conceber a idéia de uma linha de montagem, na qual as maquinas, materiais e homens se posicionassem na ordem em que entrariam durante o processo de produção de um automóvel. Meios mecânicos eram usados para entregar as peças no momento, no local e na quantidade certos.

Para assegurar um fluxo regular de trabalho, cada funcionário recebia umas poucas tarefas especializadas, que requeriam o mesmo tempo para serem realizadas. Pela extensão total da linha, todas as operações de montagem eram realizadas simultaneamente, e o trabalho em cadeia era transmitido continuamente, num ritmo uniforme, de uma estação de trabalho para outra. A linha de montagem criada por Ford não só possibilitou a fabricação de veículos de forma muito mais rápida do que qualquer outro método, como também permitiu que a empresa dobrasse os salários dos operários e reduzisse a jornada de trabalho de nove para oito horas diárias. Assim, ela podia oferecer um preço menor de venda aos compradores.

Sem trocadilhos, pode-se dizer que Ford pôs a América nos trilhos. Nos dezenove anos que se seguiram ao lançamento do Ford T, em 1908, sua linha de produção havia montado quinze milhões de automóveis. Em 1927, Ford lançou um novo Model A, construindo cinco milhões deles até 1932. Em 1942, quando a produção de automóveis americana foi suspensa para que as fabricas fizessem apenas suprimentos para a guerra, trinta milhos de Ford’s havia sido vendidos.

Henry Ford foi o presidente da Companhia de Motores Ford até 1919, quando seu filho Edsel Ford (1893-1943) assumiu o cargo. Depois da morte de Edsel, Ford reassumiu o controle da empresa, ficando no cargo até a Segunda Guerra Mundial, quando foi sucedido por seu neto, Henry Ford II.

Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne

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As grandes descobertas começam por nós mesmos.

Quantas obras que estão hoje diante de nós nas ruas, nos supermercados, poderiam ser melhores aproveitadas, se houvesse um empenho de mais pessoas por sua avaliação e aprimoramento.

Muitas vezes não é só descobrir. E saber a forma de colocar esta descoberta ao Mundo.

Hoje ao olharmos tantos lançamentos de carros último tipo, esquecemos por momentos

De onde surgiram, como foram aprimorados.

Além de toda a tecnologia empregada para reduzir custos (entre elas a mão de obra humana) percebe-se uma preocupação cada vez maior com a segurança do motorista.

Henry Ford pode ter sido um visionário.

Mas, pode ter feito apenas o que lhe pareceu possível aos seus olhos e não aos demais.

E o impossível lhe foi acrescentado.

Assim pode acontecer comigo, contigo e com todos nós.

Olhar os problemas como um observador de pássaros em certas situações pode ser uma forma de encontrar soluções em nós e para nós.

Robertson
Enviado por Robertson em 12/06/2009
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