A História do Homem - Parte LXIX (Otto von Bismarck 1815-1898)

Ele nasceu em Schönhausen, no estado prussiano da Saxônia (hoje Alemanha).

Otto Eduard Leopold Von Bismarck era filho de um capitão aposentado da cavalaria e o ambiente militar lhe era familiar desde criança. Depois de estudar Direito nas Universidades de Greifswald e Gottingen, representou seu distrito no Regime das Províncias Prussianas a partir de 1847. Opôs-se à revolução esquerdista de 1848 e, como muitos de seus compatriotas, desejava que os estados que falassem alemão se reunissem num única nação.

Na época da derrota de Napoleão em Waterloo em 1815, os mais de trezentos estados germânicos que existiram na Idade Média haviam se reunidos em apenas 39. Entre eles havia nações poderosas, como a Áustria e a Prússia, e outros estados menores, de pouca expressão, como a Bavária e a Saxônia. Depois da era napoleônica, no entanto, toda vez que se tentava unificar a Alemanha, o resultado era sempre uma competição entre a Prússia e a Áustria para saber qual das duas seria a voz dominante numa futura Alemanha unida.

A Prússia acabou emergindo como o mais poderoso dos estados germânicos, e a Áustria ficou desde então separada da Alemanha unificada, exceto pelo período entre 1938 e 1945.

Bismark viria a se tornar o grande maestro responsável pela unificação alemã. Em 1851, ele foi apontado como o enviado prussiano ao Bundestag (o conselho dos estados germânicos) pelo Rei Frederico Guilherme IV (1795-1861). Mais tarde, ele serviu como embaixador prussiano na França, onde, aliás, costumava se divertir com a corrupção que havia na corte francesa. Esta experiência lhe proporcionou um valioso aprendizado, que mais tarde lhe seria muito útil. Em 1862, Guilherme I (1797-1888), irmão e herdeiro de Frederico Guilherme, deu a Bismarck o cargo de chanceler da Prússia. Conhecido como “Chanceler de Ferro”, ele continuou servindo como o primeiro chanceler do Império Alemão entre 1871 e 1890.

Em 1866, a Áustria foi derrotada (mas não anexada) e Bismarck já tinha um plano arquitetado para a unificação da maioria dos estados germânicos então controlados pela Prússia. Ele precisava apenas demonstrar o poder militar prussiano para assegurar a supremacia sobre toda a Alemanha. Enquanto isso, Luis Napoleão (1808-1873), a partir de 1852 também conhecido como Imperador Napoleão III, também já havia anunciado sua intenção de estender a fronteira leste da França até o Rio Reno e incorporar alguns estados germânicos ao império Frances. Em 19 de julho de 1870, Napoleão declarou guerra aos estados germânicos, deflagrando a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). Graças ao planejamento sagaz de Bismarck, a Prússia estava bem preparada para a investida francesa. Os alemães contra-atacaram e chegaram a Paris no Dia de Natal daquele ano.

Depois dessa decisiva vitória, a Prússia conseguiu demonstrar poder político forte o suficiente para unir os alemães. Em 18 de janeiro de 1871, o Império Germânico, ou Reich, estava estabelecido, com Bismarck como chanceler. Ele então deu início a várias reformas judiciárias, monetárias e administrativas para integrar os estados germânicos e também planejou uma série de tratados internacionais destinados a isolar a França, que via como o principal inimigo da Alemanha na Europa.

Bismarck continuou no poder até 1890, quando Guilherme II (1859-1941) lhe pediu que renunciasse. Bismarck, então, se recolheu a seu castelo próximo à cidade de Hamburgo para escrever seu livro Memórias. A propósito, elas foram um bocado premonitórias, pois ele prenunciou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a derrota da Alemanha, que, de fato, viriam a acontecer.

*Texto retirado integralmente do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo*

* Editorial Prestígio – Bill Yenne*

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Um grande estado não se consegue apenas com guerras e mortes. É necessários acrescentar acordos e muitas vezes se servir da fraqueza de muitos (corrupção) para conseguir atingir seus objetivos.

Imagino que se tentássemos unir os povos de língua espanhola em um único país, também teríamos um grande país.

Imaginação à parte, na Alemanha isto deu certo. Povos sob a mesma língua se uniram e encontrando afinidades além, tiveram na força militar e em suas vitórias motivos para manterem sua união que perdura até hoje.

Pessoas notáveis em inteligência e disciplina criam um ritmo de vida com mais perspicácia e visualizam melhor o futuro.

Planejam acontecimentos, provocam efeitos dominó que lá na frente vem aos seus interesses.

Confesso-me ignorante, não sabia que a região da Alemanha era composta na Idade Média por mais de 300 estados germânicos. E na época de Napoleão Bonaparte apenas 39.

Será que teremos futuramente a união de mais países pequenos com grandes Países?

Robertson
Enviado por Robertson em 29/05/2009
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