A História do Homem - Parte XXV (Constantino c.288-337 d.C)

Constantino tornou-se imperador romano no ano 306 d.C., após a morte de seu pai, Constâncio Cloro, em York, na Inglaterra.

Ele assumiu o poder num momento de grande agitação interna e encontrou um império decadente, do qual até mesmo algumas regiões da Itália queriam se desligar. Ele comandou muitas batalhas contra seus rivais que culminaram na derrota de Licínio em Crisópolis e em Adrinopla em 323 d.C.

Constantino teve um papel importantíssimo no início do Cristianismo... Durante certo período, a fé cristã foi até tolerada pelos romanos. Mas, com o tempo, ela começou a se expandir muito rapidamente e passou a ser vista como uma perigosa ameaça.

Por isso, os imperadores começaram a perseguir os cristãos. Nessa época era comum o lamentável espetáculo de cristãos serem atirados aos leãos no Coliseu de Roma para divertimento das multidões.

A situação começou a mudar com Constantino. Durante a batalha em Adrinola, ele teria contemplado uma cruz numa visão e isso fez com que ele passasse a creditar sua vitória a Jesus Cristo.

Constantino chegou até a mediar uma grande disputa interna a respeito da doutrina entre facções orientais e ocidentais da igreja. Em 323 a.C., ele convidou os bispos representantes dos dois grupos par um conferência na cidade de Nicéia, hoje Iznik, Turquia onde as diferenças foram resolvidas. O Concílio de Nicéia, esboçado nessa reunião, definiu as crenças básicas cristãs, com as quais ambos os lados deveriam concordar.

Então, Constantino estabeleceu o Cristianismo como a religião oficial de todo o Império Romano e também tomou medidas para evitar que a fé cristã fosse destruída por perseguição externa ou por conflitos internos.

Constantino não só preservou o Cristianismo como também deu um passo da maior importância para torná-lo a religião dominante da Europa.

*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo*

* Editorial Prestígio – Bill Yenne

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Nós vemos a importância da política até mesmo sobre a religião, como uma forma social de aceitação, conciliação e para a sua própria propagação. Apesar de a fé ser algo individual a sua configuração quando socializada e colocada como crença transforma-se em catalisadora de paixões, às vezes mal direcionadas.

Podemos dizer que o próprio Tempo é selecionador das boas intenções, aplicando sobre os maus caráter que utilizam a religião como meio de promoção e dando vez as sua vaidades, um corretivo nem um pouco agradável e muitas vezes nefasto.

Deus está acima de tudo ou de todos o que imaginamos ser poder. Homens e até a própria natureza podem nos destruir, levar nosso corpo, nossas materialidades. Mas o poder de Deus está além da contagem do nosso tempo, além das forças naturais, mesmo as catastróficas. Deus nos colocou num universo como um simples grão e grãos não são destruídos de forma tão simples. Grãos sobrevivem e germinam e de sementes se transformam em flores, em frutos, em sementes, em grãos.

Grandes Homens, entre eles Constantino tiveram visões. Visões não são simples sonhos, pesadelos ou algo que se dissipe ao raiar do sol. Visões são sementes lançadas diretamente no coração, na alma.. E somente nos acalmamos quando a atendemos, ou tentamos com todas as forças realizar os seus encaminhamentos.

Pelo texto, o Cristianismo muito deve a Constantino. Um imperador que foi tocado no coração, que protegeu a fé e teve a humildade de considerar que a fé religiosa não era um partido político, um grupo de abnegados ou bandidos querendo derrubar o estado.

Os homens de fé são homens em busca de grandes vitórias, não materiais, mas sim, espirituais.

Robertson
Enviado por Robertson em 30/03/2009
Código do texto: T1514449