A volta
Como que rasgando a película da realidade em que havia sido encapsulada
Crava as unhas com violência dilacerando o véu que lhe contém
Emerge em soluços, gritando em silêncio, rompendo em densas lágrimas
Sai da obscuridade e exílio de forma tão abrupta que é impossível não espantar os circudantes
É violento o vislumbre daquela forma cadavérica e assustada
Surgimento fantasmagórico da sombra do que um dia teve vida
Seu contêiner - flácido, exaurido e oco - apenas observa inerte o renascer daquilo que era dado como morto.