Liberdade 34

Viver a vida não cabe ensaios.

É no coração que a Luz Divina emerge. O palco e o personagem vão sendo revelados a cada Alma. A peça, as cenas, os papéis de cada um, e coisa e tal.

As respostas vem de Dentro.

São poucos os que captam a regra maior.

Planejaria melhor!?Se Deus tivesse dado a chance de compreender antecipadamente a grande charada, de que é servindo uns aos outros que a felicidade é realizada no coração, e a liberdade é alcançada...que precisaria deixar de carregar a vida como a uma cruz, e passar a vivê-la pelo coração, servindo, naquilo que deveria ser?

Na noite escura da Alma, no dia da crucificação, Jesus deixou de ser no corpo, passando ao Ser ressurreto.

Ah! Teria planejado melhor antes de nascer num corpo de gente o como, quando, e onde atuaria nesta vida, para não passar pela crucificação?

Ele não arredou do propósito que o levou a viver o rito de iniciação que o revelou no Gólgota.

Até quando iremos negar o a que veio? Até quando iremos ter suprimida a vontade de vida, negar viver o êxtase interno que brota no coração?

Até quando não será vivido Aquele frenesi da mistura da liberdade, da felicidade,e da dor de ser gente, que se tornam Um, onde Deus e a Alma se casam, e dentro, o tesão pela vida passa a irradiar, e a Consciência Divina germina, onde a Alma é comprovada pelo sentir do ser como sendo parte do Todo,que é intimamente ligado ao despertar do sentido de vida para um propósito?

Iremos depois querer viver num ângulo fragmentado e ignóbil da lógica materialista do ter para ser? insistindo querer manter nossa face espiritual voltada contra o Sol Adamantino, que vive no coração, que tem o segredo de como se faz o enlace espiritual da vontade de viver em Deus, que é o ato de estar para, em condições de, para o que for necessário, fazendo o que Ele quer, o que é melhor para nós, para viver na Grande Obra?

Um indiano, nesta contemporaneidade, trazendo a sabedoria milenar indiana deste estado interno a ser vivido inevitavelmente por todo mortal, na interpretação de uma passagem da filosofia Védica antiga, diz que a Alma de um Santo realizado é aquela que fez a entrega do seu ser à Suprema Personalidade de Deus, sendo esta, Aquela que porta o feminino-masculino divino, passando viver nos infinito mundos superiores de Deus, co criando com ele.

Jesus, na noite escura da Alma, disse:

----- Pai, se possível, afasta de mim este cálice...;Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste..., que não seja feita a minha vontade, mas a tua...

A matriz crística que habitou no corpo de Jesus tinha os caminhos para escapar do jequi que foi sendo armado, que desaguou na sua morte na cruz.

Como mestre, poderia ter se esquivado do holocausto, isso não foi negado nem antes, nem depois pelas obras que o mestre de sabedoria realizou, que portava inteligência acima da média dos mortais para não se ver crucificado.

Mesmo assim, assumiu as consequências do que fez, cumprindo as regras do serviço para a Grande Obra, indo até o final. Consumando a entrega.

Deus, na sua infinita cupidez, perspicácia e inteligência, escolhe a gente antecipadamente para existir num contexto de vida, que articula o ser com um grupo de Almas, e nele somos experimentado no Sansara, mundo das ilusões, sendo de nossa responsabilidade captar o jogo e mudar o rumo do engano. Fazer o que temos que realizar, entregando todo nosso ser a Deus para que ele se sirva de nós numa função para o bem, para o bom, somando em ações para o crescimento material, espiritual, filosófico e psicológico da comunidade.

Como me considero livre, feliz, neste hoje? Tendo, tão somente, recebendo tão somente, sendo, tão somente, por vezes, sofrendo o prejuízo , regozijando nas vitórias.

Como posso contribuir com a sociedade e comigo ao mesmo tempo? até onde posso ajudar? Quem ajudar?

É praticando a auscuta interna, estar cada vez mais sob o domínio da Gestão Divina, no eixo de coalizão interna, que é estabelecida por Deus no coração.

Omitir o sinal de que era para resolvermos aqui a alma no inguiço?Seria insanidade, covardia não assumir o destino nas provações, declinar-me-ia da condição de guerreira aprendente do mundo interior., servindo a dois senhores, a Deus e ao ego.

Teria experimentado o motor de Deus, que é a resiliência, se soubesse me gerir de todas as armadilhas que caí, e caio no mundo do ego para ser triste, sem a Chama Sagrada sentida no coração?

Ter vivido a frustração, e ainda estar a experimentá-la, revelo-me cada vez mais sedenta de vida divina em mim.

Se eu fosse soberana em vontade, onde estaria a suprema personalidade de Deus?Permanentemente, os dois lados do cérebro que porto são carentes de gestão, pois que, desencadeiam a frustração.

Experimentada no emocional por Deus no amor sabedoria, no eixo de coalizão interna,sempre desaguo na satisfação de ser filha de Deus, depois de vividos os desafios, vendo eu e a realidade como uma orquestra regida pela Fonte Divina.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 29/03/2024
Reeditado em 29/03/2024
Código do texto: T8030577
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