Liberdade 30

Nunca mais me sentiria só.

Nas vitória, regozijo em Deus. Nas derrotas, refugio-me Nele, buscando força e acolhimento para retomar a jornada.

Vivendo uma experiência de amor por qualquer bem ou pessoa deste mundo, uma tara dos instintos, uma safadeza, um saciar de um desejo qualquer, ou a repetição de uma insanidade, provinda da cegueira do sempre querer ganhar nesta vida, que está perdendo a graça, o encanto, cada vez mais busco a visão do entendimento, para me ver no movimentar da personalidade, na natureza falível e provisória do corpo instintivo que porto.

Não me escondo, faço tudo abertamente. Como aquele que anda nu numa praia de nudismo, sem medo ou pudor por ser visto, anda com o olhar inocente entre os outros, sem receio por estar a mostra a nudez.

Desapareceu as paredes dentro. Vivo na claridade da Luz Divina, que passou emergir do coração. O próprio Deus na forma mais sutil de sua manifestação.

Luz!Que mais e mais se revela na nitidez do que acontece dentro, que está na fase da infância, caminho do peregrino do mundo interior, dando-me a chance de esperançar alcançar um dia a alforria espiritual, maturidade para estabelecer-me num diálogo interno com domínio e independência emocional e psicológica, sem amarras ou condicionamentos, pelo discernimento maduro e sensato, para interferir naquilo que surge como conflito como uma verdadeira guerreira, cavaleira do mundo interior.

Pude confirmar uma verdade no caminho da via do coração...que a luz que ilumina tudo que realizo, traz para a visão da Alma, a certeza antecipada para me posicionar naquilo que executo, seja na criação imaginativa, ou em qualquer seguimento da ação em outras manifestações de vontade.

Esta luz, indica ser da mesma origem, potência que envia impulsos ao meu ser, a continuar encontrando sentido para estar viva.

O " para quê", permanece sentado num canto qualquer do interior.

Para quêêêê!?aquele que era senhor, e hoje vive submisso, e na inatividade, a resmungar a sina, de ter sido rebaixado para a segunda divisão, pela vontade que me define.

Escolhi a vida. Não teria sentido viver, se não a reconhecesse.

Trono e majestade, riqueza e poder, sucesso e realização do ter nesta existência, não a alcançaria em valor.

Vida! A completude não é seu nome.

A totalidade, que excede qualquer grandeza matemática, é sua verdadeira essência.

Fui chamada a deixar de servir a dois senhores, ao ego e a Deus, assumindo meu ligar definitivamente da condição de filha de Deus, à serviço Dele na terra. Processo longo, que será confirmado ou não somente depois da minha partida deste mundo por Deus. Único Senhor e Rei Supremo da Terra Sagrada do meu coração, a quem devo servir e amar, acima de qualquer amor ou rei desta vida.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 20/03/2024
Código do texto: T8024104
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