Sou carente mesmo

Não estou, sou. Carente não apenas porque sinto falta, mas também sabendo que posso oferecer muito mais do que tenho feito. Que posso ser o amigo mais fiel, o amante mais entregue, o companheiro mais inteiro... Mas as portas estão mais fechadas do que abertas para mim. Assim como as janelas. Claro que eu também tenho o meu orgulho, as minhas preferências. São tão simples... Tão fáceis de entender... Só quero respeito, compreensão, empatia, tolerância... Porque isso, eu também posso oferecer. Quando é mútuo e racional, porque não respeito quando não sou respeitado. Não simpatizo quando o outro é antipático comigo. Não compreendo quando é incompreensível, injustificável. Não tolero quando é intolerável, em seu sentido mais puro, de injusto e, acima de tudo, cruel e falso. Por isso, eu continuo em minha busca, menos esperançoso de que um dia irei finamente encontrar um alguém ou que minha lista de amigos aumentará um pouco. Ou que finalmente me mudarei desta cidade e ficarei mais próximo de novas oportunidades de vida, de encontros...