Sapientes torpescit metus, et subtrahit victoriae

Sou as explosões inquietantes de uma mente melancólica. Uma angústia que perdura uma toda vida e se entrega ao destino trágico do não nome que impuseram a quem vos fala. Sou, porém, toda a ira de uma injustiça que se repete em toda história, ou melhor, a estrutura que se observa em toda história em que há um "mártir" é que ele morre por si mesmo, digo, para não abrir mão de seus valores, ou por outra, de sua individualidade ou do que ele julgava ser o seu eu. Assim, eu digo, o núcleo que sustenta o meu eu é a base geradora de todas as minhas particularidades e brilhantismos, a cobiça. Mas devo dizer que a única cobiça perdoável é pelo conhecimento. Que as trevas da nossa ignorância nos coloque em um lugar cada vez mais desconfortável conforme o nosso ser incorpora o saber, a sabedoria. Não queremos nos tornar nada a mais que os versos e a música do nosso propósito, mas mesmo sendo o nosso passado inatingível, pois não somos e não mais seremos aquela criança introvertida ao extremo e frágil, ele é possível como imagem distante da causa, a do "eu". Eu me entrego a loucura do instante e do instinto, que a voracidade e a veracidade de tudo isso nos possua. Que desça desejo ardente de conhecimento, eu te quero ao extremo, eu te desejo com todo o meu ser, preciso de ti, cada vez mais de ti. Toma-me por inteiro e abraça o meu ser. Uni-se com a minha alma, transubstanciação é o nosso processo e o nosso coração dourado tonou-se e eternizou-se. Não podemos ter medo de nós mesmos, não mais. Por isso vos falo, diga não ao medo, pois o medo é paradoxalmente a fonte de toda superstição, mesmo que porventura ele possa te levar ao conhecimento como uma forma de se livrar dele (o medo) ao entender tudo ao seu redor, essa relação é, a priori, utilitária. E assim o sendo, é limitante.

Darach
Enviado por Darach em 25/09/2023
Código do texto: T7894140
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