MANCHA NA AREIA

 

É difícil mentir para nós mesmos

Se o coração acusa em desespero,

É uma voz que por dentro ecoa

Como um vidro que se quebra á toa.

Estilhaço desperdiçado no tempo

Como um vento que passa e voa,

É a criança desperta as escondidas

Como uma mulher de sangue quente

Nas veias!

 

É a aparência que desenha o caráter

O medo representa a cara feia,

Como janela descortina o seu passado

E a porta que não se abre por inteira,

São supérfluos os teus pensamentos

Com cera acumulando as sujeiras,

Despindo as atitudes emocionadas

Lançada sobre o chão mancha na areia!

 

Como doem as dores da alma

Geme a solidão entristecida,

Não há alegria por dentro

Sorrisos celebrando a vida.

Os olhos se desmancham em lágrimas

Quantas noites passaram vazias,

O dia invadia outro dia

Como o mar sem nostalgia!

 

A batalha real é contigo mesmo

Há um só vencedor e muitas feridas,

O ataque previne a defesa

Quando a flecha é certeira.

O medo é a sombra da covardia

Para fugir sem vencer a guerra,

A bandeira da paz pode ser erguida

Não importa se for na cidade ou na favela!

 

 

 

 

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 13/09/2023
Código do texto: T7884678
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