ÂNCORA
O que vivi só a mim pertence,
Trago nos pés o meu caminhar,
Nas minhas mãos reside o destino do meu agir,
Nada me interrompe, quando com o pensamento no presente e o coração no passado, caminho em direção a um subjuntivo futuro,
Com o coração no passado? - Sempre!
Que o passado molda-nos,
Faz-nos ser tudo o que somos, sol e lua, permanentes e voláteis,
Faz-nos, ancorados nas memórias dos nossos suplantados naufrágios, continuar a sobreviver, alcançando sempre o arco iris depois da tempestade.