O homem e o juízo final.

Irrefletidos defensores da escrita.

Destemidos pregadores de "liberdade".

(Falsas verdades: nova ética)

Anti-dogmatismo, a explosão da raiva.

Padres ignotos padeçam sobre a cruz e a espada.

Nova constituição cefalo-braquial(Way of life) dos hereges.

Inquisição para os tolos. Eles merecem!

-Garçom, mais um hausto.

E que seja J.Daniels, cansei desse whisky barato;

Descanse suas nádegas na cadeira ao lado,

Quero falar-te do templo aqui vicinal.

Esse antro de seres programáticos.

Infelizmente, confesso, casei-me numa dessas, iludi-me com o estatuto morganático.

- Señor, no sé hablar suya lengua.

- Pro inferno, chicano desgraçado!

Paulatinamente o copo perde a cor.

Misturas fatais.

Últimas horas;

Dúvidas Banais.

- Oh! God.

- Não, sou Juízo final, sua centopéia revolucionária.

- Mais que droga, estou bêbado!

(Pasmo estou com tal face estraçalhada).

- Ser decrépito, formador da discórdia,

te condeno ao exílio!

- Só vou se tiver birita, mulher e TV a cabo.

- Então, aceitas teu destino? Não lutavas para deixar legado?

- Não, não. Só por mulheres e TV a cabo.

- Seja feita a vossa vontade.

Canavial de emoções, militantes do MST.

Mulheres imundas e uma TV.

Indignado, corre pro orelhão.

- Juízo final, onde estais?

"Deixe seu recado depois do bipe".

-Filho da puta, eu pedi cachaça, não um matagal;

Pedi mulheres, não mutações, seu animal.

E pra piorar, pedi TV a cabo.

Bem, forneceu-me a TV, mas colocou o cabo no meu rabo.

Um glutamato, umas aspirinas e fenilananina.

KABRUM!

O porre acabado.

Suspira, então, o cavaleiro alucinado.

De um sonho louco sobraram apenas dois problemas: Dor cervical e no esfíncter anal, um artefato.