Fugir sem volta!

Quantas saudades do que não vivi,

De abraços, de brisas marinhas,

Tantos carinhos fugidios arrepios,

Coisas sem proporção, lúdicas!

Falsidades e simulações inúteis,

A falta de um sonho real sempre,

As coisas do nada sem problemas,

As falas, felizes, risos, se foram!

Falta da vida à toa, do tédio,

Saber-se que somos um nada,

Uma redundância inútil, boba!

Sei que nada disto importa,

Mas, fazer o quê? Não sei,

Vou fugir de mim, sem volta!

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 21/06/2023
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