Manifesto em prol do amor

Ouço o coro dos infelizes clamando alto, caluniando a existência do amor, desmerecendo-a, anunciando finais inexistentes, opinando com ardor. Senhores de palavras que eles mesmos desacreditam, são essas vis criaturas, infames e desprovidas de esperança. Espíritos inferiores e rejeitados pelo próprio espelho.

Não, eu não os perdoo. Sequer consigo ter por eles piedade. Baniria a todos se pudesse! Merecedores que são da realidade! Malfeitores da sinceridade, profanadores de sentimentos, derramam em seus comentários ferinos os seus próprios lamentos, frustrados que são, insatisfeitos com tanta infelicidade interior.

Vermes malditos das entranhas mais profundas! Nada de bom a dizer, seres intrigantes e depreciadores do belo. Espaços sejam ampliados no inferno para que suas almas sejam de vez levadas! Distante daqueles que amam e exercitam na poesia a conjugação dos verbos do amor e suas abrangências estejam esses inomináveis!

Abram-se as mentes, para que os corações puros não sejam contaminados pelos dissimulados escritos daqueles que mascaram a discórdia e a infiltram nos veios e nas veias daqueles cuja visão deixou-se impregnar por doces falares sem teores coesos, envoltos na mesmice vulgar de quem não tem nada a dizer.

E que a justiça se manifeste, porque o amor existe e as histórias de amor, jamais serão terminadas, eternas que são como o sonho, como a poesia e como a própria existência!

SATURNO
Enviado por SATURNO em 16/12/2007
Reeditado em 03/07/2013
Código do texto: T780924
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