Tempo de cheia

Sou morador das margens do Igarapé, vivo uma vida simples,sem luxo, minha riqueza? Malhadeira cheia de peixe , é só esticar lá na beira, pertinho da ponte,depois é só buscar, curimatã,pacu, traíra e cara. Lá no lago ainda pegamos tambaqui, tracajá, pirarucu, Surubim e outros peixes grandes.

Nessa época,os açaizeiros, patauazeiros, bacabeiras e buritizeiros são opções de vinhos em minha humildade residência.

Aqui a canoa e o motor agente amarra na escada da varanda.

O baseiro faz o movimento, os meninos aproveitam e pulam, embiocam dos galhos das árvores frondosas, diversão de menino do interior.

Minha varanda e colorida pelas flores do Igarapé, samambaia e tantas flores que me falta conhecimento. A vitória régia e meu plantio natural.

Na cheia, é um tempo de descanso do plantio, as vezes faço maromba pra salvar minhas criações, galinha, porco,bode e até às vaquinhas pra garantir o leite.

Em meu rabeta, vou a vila comprar o açúcar, café, bolacha. Quando não tem dinheiro, faço troca com seu Manoel da venda que fica em um flutuante, o movimento é grande,lá tudo vende de cachaça a remédio.

Nos finais de semana é o point dos ribeirinhos, até sair uma ponta de terra pra improvisar o campinho pro futebol.

Tempo de enchente,eu, contemplo a beleza da natureza da minha varanda deitado em minha rede

Joilson Remanso
Enviado por Joilson Remanso em 27/05/2023
Código do texto: T7798704
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