Quando Deixei de Te Amar...

Na quietude do crepúsculo vazio,

Onde outrora dançavam nossos sonhos,

Jaz agora o silêncio do adeus não dito,

Ecoando nas paredes do tempo perdido.

Quando deixei de te amar, as estrelas se ocultaram,

E a lua, confidente de nossas noites, se enlutou.

O universo inteiro pareceu pausar, refletir,

Sobre o amor que foi, mas que se desfez ao partir.

Na tapeçaria do destino, fios descoloridos,

Marcas de um afeto que se desvaneceu,

Como folhas que ao vento entregam seu fim,

Assim foi o amor, que em mim, encontrou seu declínio.

Filosofias de outrora, em livros empoeirados,

Não explicam o vazio, o espaço deixado.

Pois quando deixei de te amar, caro amor,

Foi mais que um sentimento que se esvaiu, foi uma era que se fechou.

E na melancolia dessa despedida silente,

Busco o aprendizado nas sombras da mente.

Que o amor, embora efêmero, é eterno enquanto vive,

E quando se vai, nos transforma, nos molda, nos escreve.

Assim, na reflexão do que foi e não será mais,

Encontro a filosofia do amor que se desfaz.

Não como um fim, mas como um novo começar,

Pois foi quando deixei de te amar, que aprendi a me amar.

Pasia Aventuristo
Enviado por Pasia Aventuristo em 23/03/2023
Reeditado em 07/04/2024
Código do texto: T7747134
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