Ela

Ela era uma mulher de personalidade forte, sabia exatamente o que queria e não desistia até conseguir, não importava o tempo que demorasse para isso acontecer. Era graduada, trabalhava, tinha gosto pela leitura, pela escrita e por cozinhar.

 

Tinha corpo de violão, como costumam dizer das mulheres com seios fartos, bumbum proporcional, cintura fina e coxas grossas. Tinha um rosto com expressão séria, cabelos ondulados, piercings e tatuagens. Ela realmente amava piercings e tatuagens.

 

A personalidade dela era forte como um vulcão em erupção, daquelas que levam qualquer um a loucura. Era impulsiva, intensa e espontânea. Do tipo 8 ou 80, não gostava de meios termos, passava do 0 ao 100 em milésimos de segundos.

 

Era uma mulher realmente louca e não se importava com o que pensavam dela. Demorou muito para aprender a ser ela mesma para se importar com a opinião dos outros.

 

Sabia conversar sobre os mais variados assuntos, era do tipo que falava olhando nos olhos e adorava quando conseguia intimidar os outros com a rapidez de suas respostas e intensidade do seu olhar.

 

Sabia se defender sozinha, não precisava de ninguém para atingir os seus objetivos, não era puxa saco, não gostava de bajulação e nem de mentiras. Era do tipo sincera, falava o que tinha para falar sem rodeios e contava a verdade independente das consequências.

 

Se escolhesse alguém para estar ao seu lado era para multiplicar. Não acreditava que as pessoas precisam de alguma metade da laranja para serem completas. Na verdade, sabia que as pessoas só podem terem bons relacionamentos quando se veem como pessoas independentes e sabem serem felizes sozinhas, sem depender de outra pessoa para isso. Afinal, não era justo dar essa responsabilidade para alguém além de si.

 

Transicionava por vários estilos, desde os mais meiguinhos até os mais sensuais. Ia do all star para o salto alto tranquilamente. Mas o que mais gostava era de um bom moletom largo, com blusa de vários números a mais do que usava.

 

Essa mulher realmente era difícil de lidar, mas sabia ser a amiga mais verdadeira e companheira que alguém poderia desejar. Fazia de tudo para melhorar o dia de quem a rodeava e tornar a vida mais leve. Quando necessário, sabia brigar também, defendia o que acreditava até o fim. Era teimosa de uma forma insana, mas se errada era a primeira a reconhecer.

 

Ela era do tipo de mulher que muitos falam querer, mas poucos conseguem manter ao lado. O caos que ela era não é para qualquer um, ela sabia disso e gostava de deixar bem claro. Sabia que se alguém ficasse, seria por aceitá-la por completo, porque não iria mudar para agradar ninguém. Ela era apenas mais uma mulher, em meio a tantas outras, comum e única ao mesmo tempo.

Karoliny Mesquita
Enviado por Karoliny Mesquita em 29/01/2023
Reeditado em 11/02/2023
Código do texto: T7706268
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