O Brasil voltou

Depois de longo período

Olhar desenganado, perdido,

Teus filhos choravam de medo e frio

O berço esplêndido teve seu véu rasgado.

A cama fofa remexida.

Teus seios fartos eram negados.

Não era você.

Um opressor, um usurpador, um embuste!

Mentiu, sobre o berço,

Não acreditava na ciência,

Mangava da dor...

Aos berros se empoderou.

Se achou, se conchavou.

De saudade, o Mundo suspirou

A criança, reclamou o berço estranho

O véu precisando do cuidado do cerzir

O perfume do ar puro, a beleza do verde,

O banho fresco das águas,

O olhar amoroso de mãe,

Reconheceu o choro doído

Faminto, mas ele mesmo.

O pedaço que foi arrancado,

Magrinho, descabelado

Engasgado de emoção!

Eu voltei! Nós voltamos!

Nos aconchegaremos no nosso berço.

No colo da Mãe Terra!

Somos parte, ela nos cuida.

Nos amamos e cuidamos dela!