Estado de Graça

Eleitora alienada,

Às cegas votava,

-em quem me indicavam,

-em quem aos olhos agradava,

-em quem nada mudava.

Pobre continuava,

Não me representava,

Os mesmos sobrenomes elevava,

O povo se lascava!

Reparei que os afagos aconteciam em temporadas

De tapinhas nas costas, em presentes e presenças alardeada.

No dia seguinte, o problema era meu e meu eleito, me esqueceu.

Um dia alguém fez diferente, devagarinho se fez presença, tornou-se presente!

O pão nas mesas, trabalho digno, zelo da saúde, o título de doutor foi realidade.

"Nunca fomos tão felizes!"

Mas roubaram o pão, sequestraram o trabalho, mataram a saúde, impediram o sonho!

Rasgaram a bandeira, quebraram o solo irmão, com nossas cores limparam o chão.

Choro e lamento sufocaram a Nação!

Encantadora canção semeada,

Nos nossos corações rebrotava.

O vento, nossos rostos tocou.

Lembrou-nos do sonho,

Visgo que une esse chão - somos um povo irmão.

Uma linda colcha de retalhos, uma Nação!

O coração transborda alegria, sonho e amor!

Ser feliz, de novo eu vou!