Grito

Grito -

Não se trata do retratado

Ao longo do tempo saudado

Que no símbolo fálico

Perpetua poder e desigualdade!

É o grito que pulsa na dor do explorado,

No lamento do subjugado,

Na indignação do injustiçado.

Que antes foi murmúrio cabisbaixo,

No punho fechado que acumulava revolta!

Que berra o sonho arrancado, um sonho abortado

A vida que hoje nasce,

Chora, não de alegria,

Pela condenação da fome,

Pelo futuro não investido, sequer pensado.

Como trazer alguém, que pode ser um alvo da religião da arma?

Ontem, meu peito se alegrou, por algum tempo,

Entrevi o rascunho de um chão sonhado.

Logo me lembrei que essa mãe não foi gentil com todos os filhos

Nunca se souberam irmãos!

São retalhos de povos, unidos a esmo e imposição.

Não percebem a beleza do resultado.

Unidos retratam a harmonia, aquecem o coração.

-Ainda seremos uma Nação!