memória afetiva

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Às vezes eu sinto dores extremas

mas não as transpareço em meus poemas

 

às vezes trago o coração espinhado

contrito, cansado

 

ontem soube que o meu primeiro namorado morreu

meu coração se entristeceu

 

não fiz um filho com ele

com ele não plantei uma árvore

não escrevi um livro sobre a nossa história

mas o seu doce sorriso eu trago em minha memória

 

eita, seu moço, parece que fica tudo nublado

quando a morte vem pro nosso lado.