Estar vivo é sentir saudades...

Essa frase está no livro que acabei de ler (Tartarugas até lá embaixo - John Green). Gosto quando o livro me faz pensar. E eu pensei... Sim, estar vivo é estar permanentemente com saudades. Não só saudades de quem já passou por nós e se foi, seja por que motivo for. Mas, também, saudades do que fomos, do que vivemos e até saudades do que podia ter sido e não foi. De sonhos não acontecidos. De esperanças frustradas.

Tem saudade que dói. Umas mais, outras menos. Tem aquela saudade miudinha que fez morada dentro de nós e arde dia e noite. Mas também tem saudade que acalenta. Uma saudade morninha, gostosa... A gente para pra pensar nas coisas boas que nos aconteceram, nos momentos felizes que vivemos, em tanta gente bonita que a vida colocou no nosso caminho. E depois tirou... Não faz mal. Foi bom. É bom. Relembrar é reviver. Tudo o que vivemos nos fez ser o que somos.

Às vezes, me pergunto se, lá atrás, eu tivesse seguido o caminho B em vez da trilha A, eu seria uma pessoa diferente. Melhor? Pior? Não faço ideia. Penso que sim, certamente, seria diferente. Mas, quer saber? Eu gosto de mim assim, do jeitinho imperfeito que sou.

Tenho saudades de muita coisa. Da minha infância e juventude, da época da escola, de pular amarelinha no quintal, de passar o dia todinho na piscina do clube, sem nenhuma preocupação na cabeça, de meus animaizinhos de estimação que já viraram estrelinhas. Quanto amor me deram! É saudade pra mais de metro! Mas minhas saudades não são doídas. Nem mesmo a saudade do meu Dani, que foi morar no outro plano... Não mais. Já doeu o que tinha que doer. Agora é só paz e gratidão.

Então, sim, estou viva e tenho saudades.

Graças a Deus.
 
Rosa Pinho
Enviado por Rosa Pinho em 17/08/2021
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