Que tempos são estes?

Em tempos de "ignorância escancarada" a voz da filosofia ainda que poetizada, parece em vão ecoar, em meio a balbúrdia dos 58 milhões que relincham chamando um tolo de mito.

Manada que pede para ser chicoteada

Rastejando de quatro atrás das "motocas fascistas"

Carregando nos lombos a elite reacionária

Ignorando a própria ignorância

Os que de Sócrates nada aprenderam

São incapazes de reconhecer a si próprios no espelho

Idolatram os que tal qual Meleto profanam os tribunais

A tudo justificam em nome de um deus

Entoando hinos patrióticos

(Falso nacionalismo)

Julgam-se protagonistas

Marionetes teleguiadas

De uma nação despolitizada

Que sofre os efeitos da pandemia

Choram seus entes queridos

E seguem feito gado

(Em fila rumo ao matadouro)

Resta-me parafrasear a maiêutica. Não sendo possível "abortar a geração fake news". Faço-me doula para auxiliar o nascimento de uma nova mentalidade capaz de distinguir, com maior segurança, quimeras de verdades.

Lúcia Peixoto
Enviado por Lúcia Peixoto em 12/07/2021
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