Brasil triste
Um tempo onde uma vida semente
Tem ninho morto por uma sentença sem endereço. Será?
A sentença é para uma cor - se não brotar mais, melhor.
E coro de soluços, lágrimas e lamentos
ecoa no vento, rios descem sem alento.
Não reconhecemos esse chão
Que é pátria se esqueceu
Que a fome mata ou a bala pode ser a desesperança
Onde Lauras veem sua inocência estuprada
Miguéis voam pela negligência assassina
Henry encontra a morte por mãos que dizem abençoar
Faz pouco tempo que uma criança foi julgada por não ter corpo para outra criança gerar
E partem Ághatas, Rebecas... por sentenças perdidas e legais.
Hoje, o Brasil desiste um pouco mais dele.