REVOADA

Era tempo de migrar, fazer novas descobertas.

Deixar para trás as antigas conquistas e buscar novas emoções e alegrias.

Para ele era chegada a hora de refazer o seu destino e não temer o desconhecido.

Sem demora despediu-se e voou, abandonado seu ninho, ignorando o carinho até então recebido.

O que já havia construído não mais importava e aquela que o amava, viraria mais tarde apenas lembrança.

Porém, somente durante a viagem descobriu o quão árdua seria a mudança.

Voava exaustivamente.

- Vou encontrar um lugar, alguém para amar, reconstruir...

Que erro teria sido partir, agora já questionava. Lutava inutilmente.

- Não vou prosseguir. Voltarei para quem verdadeiramente me ama.

E então voltou.

Sonhando em ser recebido como se nunca tivesse partido.