Garganta do tempo
A tarde se espalha no tempo das cordilheiras de gelo,
Raios de sol derretem as ilusões na brancura misturando se ao azul celeste,
O tempo e as águas formam rios de amores e sonhos,
Trocam se as cores dos momentos idos, fitando o presente em outros sentidos,
Quantas partículas desceram as montanhas rochosas cinzas do carvão vindo do vulcão dos sentimentos,
Sonhos desfeitos,
Amores represados no lago da memoria e do coração.
A tarde se espalha nessa terra onde sementes insistem brotar,
A tarde se revela em poema
versos contidos límpidos das chuvas que se reservam a cair.
Fim de tarde, acordo com o paladar de adocicado , desço na garganta do tempo.