Minha mãe

Dizem que a única coisa certa da vida é a morte. Mas até 2001, a coisa mais certa da minha vida era chegar da rua e encontrar minha mãe me esperando, sentada à mesa da cozinha.

O vento, que vinha do quintal, brincava com os seus cabelos e a poucos passos da porta, lá fora, colibris se bicavam pela posse da goiabeira encostadinha na área de serviço.

A casa tinha perfume de pomar e, com pouco de imaginação, dava pra ouvir o canto de uma sereia bonita que enriquecia o teto de todos os cômodos da casa.

Era a felicidade de ter mãe, amor de mãe; e ver o doce que escorria dos seus olhos pra mim. Foi a única pessoa que realmente se importou totalmente comigo.

Agora é nuvem...

21 anos sem ela, mas eu ainda posso sentir o seu cheiro e o calor do seu colo.

Te amo, mãe, além do inimaginável e de todos os arco-íris.