Morte em vida

A morte "campeia"

Na Terra, nessa terra

Desde muito, muito tempo!

Onde a injustiça se fez chão 

O grito de dor torna-se refrão!

Noite tapuia ou quilombola

Empresta o enredo a quem de fome chora!

Mas ninguém  atende ou se importa

Com o bolso sem bolsa

Seja de vírus ou inanição 

De bala perdida ou endereçada 

Quem nasce na Terra Brasilis 

Carrega a cruz de todos os martírios 

A mesma do seu certo sepultamento! 

Nos pés  a marca das correntes

De herança a impagável  dívida!

Qual é  mesmo?

A liberdade do seu avô,  do seu pai! 

A sua, seu neto já  deve!

Aqui já  se nasce contando o tempo que nos falta!

Morte em vida.