A ignorância se corrói

A dimensão escrita da história

Permite entender que as cenas

Se repetem ao longo do sentido

Em que o poder é tão disputado

Empreendido

Construído

Conquistado

E no exercício nefasto das promessas

As pessoas são encantadas pelo ódio

Pelo desejo insano de destruição

E a fé cega em detalhes desapercebidos

Não conduz

Não governa

Não produz

E na caverna ideológica da verdade

Os presentes dados em reciprocidade

Arquitetam egoísmo e a falência

Daquilo que se presume por estado

Negando

Demorando

Definhando

Como a orquestra desafinada da vida

Se reduz ao presente erro da história

De repetir na imagem autoritária

A ignorância destruir esperança

Sufocando

Derrubando

Mentindo

Na metamorfose da modernidade

As leis se corroendo no mais do mesmo

Dos representantes que se endividam

De luz, de educação e de valores.