Ao caminhar falamos do medo

Os passos apressados se distanciam dos outros passos.

E na companhia do que pode ser medido ou visto,

A respiração canta o movimento esforçado da vida,

é que no passar do tempo a caverna já é a necessidade

Das cavernas cheias de utensílios tão desprezíveis

E os olhares desprezados de quem precisa se alimentar

É o sentido de querer fazer alguma coisa de valor

Que não seja tão repleto de espectativas possuidora

E entre um verso ou outro equiparado ao passo

Há singularidade no passo simplesmente percorrido

Assim os cálculos são desprezados e sem marcas

Ficam os rastros perigosos que perseguem as cores

Daquelas vontades enumeradas a luz na escuridão

Com um único receio na própria forma de entender

Que perder não se resume em temer o que virá.