No solo das minhas retinas não estou só. Há cansaços e prazeres infinitos que esvaecem com a fumaça do café quente. Nasci contemplando.

O fardo rotineiro é a força. Pés e pernas no aclive absurdo. Pássaros que soam, gente que desce; pensamento positivo que sobe comigo.

Indiferenças e preconceitos nos olhos emudados. Venço o dia sem me surpreender com a frieza. Trabalho, é o que interessa. O lema é fazer com maestria o que tem que ser feito.

Uma flor vanila pelo caminho. Cheiro de nuvem pré-chuva. O pulsar das horas lá no topo das casas, nos bairros lá do outro lado. Deitado, fico em silêncio, esperando que o Espírito Santo teça-me a sabedoria serena, para vencer mais um novo e próximo dia.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 23/11/2019
Código do texto: T6801886
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.