DEFINHAR

DEFINHAR

Definho a cada dia na clausura.

Preciso acreditar que não há retorno,

resta apenas uma vaga lembrança,

do meu olhar implorando migalhas.

Resta-me,

negar o olhar nesta vida dupla,

aceitar a vingança do cupido,

por ter atravessado a rua e tê-lo visto.

E em no nosso encontro casual,

usar o mesmo sorriso falso,

encenado no espelho ao amanhecer

e que vou distribuindo no decorrer do dia!

Guardar o segredo que me cerceia,

tal qual adrenalina em reverso,

correndo em sangue azul coagulado,

água cristalina com lágrima salgada.

Fui ganhadora de uma gamela de sonhos,

não mais estratégias para achar o elo perdido,

então que subsista apenas o último suspiro

.

Railda
Enviado por Railda em 01/06/2019
Reeditado em 01/06/2019
Código do texto: T6662162
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