Reconhecer-se

Fases que vibram. Mudanças significativas. O novo que traduz o velho. Se preferir, o velho que ensina ao novo. O inexperiente que supõe conhecer a vida. Ah! Mas, ele mal começou a viver. Esses achismos, julgados certeiros, como são teimosos. Donos do mundo. O que diriam os centenários? Longe de serem donos da própria cabeça.

Digo, a opinião vem se fazendo muito presente, enquanto os argumentos saborosos não estão por aqui. Alguém os viu? Pouco se tem cumprimentado-os. Aquele nosso mau-olhado, não há agrado. Parem. O pouso é necessário. A queda é fundamental. A reconstrução dos monumentos, das máquinas, das feras está na palma da mão.

Você já se apresentou a si? Hoje mesmo? Vou lhe contar: pleonasmo é se contentar com o corpo que habita e não se enxerga. É cego. É mudo. É surdo. Redundante no que está. Por ser. Eu sei, é cedo e choca. Para amedrontar. A passagem tem uma melodia de apavoro apocalíptico, quando existe certeza. Mundo esquisito é o nosso.

Desarme sua boca. Inquiete a patrulha da mente. Desintoxique seu coração. Torne-se papel em branco. Assim viemos, assim iremos. Contudo, sábios são os que estão e se reconhecem. Essa nossa vida...

Mariane Amaral
Enviado por Mariane Amaral em 17/03/2019
Reeditado em 21/05/2019
Código do texto: T6599930
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