Cartomante
Acordo ao findar da tarde. Resolvo acender um incenso, e ao tarô perguntar o teu nome. Eu nos acendi numa vela. Meditei sobre linhas e nós, beijos e abraços que gostaria de sentir. A lágrima acesa da vela vai queimando, tal qual o sentimento em minha mente. No baralho, eu te vejo em cima da mesa. E se por acaso algum dia cruzar o meu caminho, seja em alguma rua ou viela, e por crueldade do destino não nos virmos, e eu sofrer o cansaço de te esperar, e te enterrar no cemitério das ilusões - junto às amarguras enfurecidas que vivi -, e eu te ouvir gritar, e eu te pedir perdão, e abafar o teu grito, e desesperançar o amor. Liberta o que sente, e que nosso desejo voe tranquilo pela mansidão do céu.
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Autor: Felix
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