O Lençol
Noite fria.
Um ser dorme.
O lençol esconde seu rosto.
Como será?
A curiosidade me ronda.
Busco descobrir.
A Imagem angelical me alucina.
Quer ser é esse?
Será um anjo?
Aproximo-me e busco sentir um aroma,
Descobrir o ser coberto,
Mas ele está protegido.
Ele se protege e não deixa que eu o descubra.
Penso que estou amando um anjo...
Amor impossível!
O que faço?
Volto, desisto...?
Escuto um som.
É o anjo a falar.
Não, não é um anjo!
É um homem...
A boca desenhada, a pele branca,
A face serena, o olhar que chama e convida.
A imagem não é mais angelical...
Pensamentos e desejos preenchem o ambiente.
O lençol branco, agora é vermelho.
E não há mais frio.
O calor toma conta dos corpos.
O amor agora é possível.
O segredo foi desvendado.
O lençol é esquecido nos corpos que juntos, agora se aquecem.