O Lençol

Noite fria.

Um ser dorme.

O lençol esconde seu rosto.

Como será?

A curiosidade me ronda.

Busco descobrir.

A Imagem angelical me alucina.

Quer ser é esse?

Será um anjo?

Aproximo-me e busco sentir um aroma,

Descobrir o ser coberto,

Mas ele está protegido.

Ele se protege e não deixa que eu o descubra.

Penso que estou amando um anjo...

Amor impossível!

O que faço?

Volto, desisto...?

Escuto um som.

É o anjo a falar.

Não, não é um anjo!

É um homem...

A boca desenhada, a pele branca,

A face serena, o olhar que chama e convida.

A imagem não é mais angelical...

Pensamentos e desejos preenchem o ambiente.

O lençol branco, agora é vermelho.

E não há mais frio.

O calor toma conta dos corpos.

O amor agora é possível.

O segredo foi desvendado.

O lençol é esquecido nos corpos que juntos, agora se aquecem.

Jaqueline Costa
Enviado por Jaqueline Costa em 11/09/2007
Reeditado em 19/02/2010
Código do texto: T648532
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