Quebra-de-braço

Há tanta paz no silêncio,

em saber que amanhã não preciso

despertar com a aurora,

nem ouvir os ruídos da cidade.

Em ouvir o som do meu coração,

a calma da minha mente,

o eco da minha voz, que só eu escuto,

no eco silencioso, que ninguém ouve.

Tanta paz, há no meu peito,

sem desespero dentro de mim,

sem castigos, sem rogar.

No silêncio, nenhuma lágrima cai.

Já caíram todas ,

não há mais nenhuma para chorar,

só há paz.

Se há tristeza em meu olhar,

são só resquícios que ficaram,

e lutam comigo para não irem.

Não há milagres, nem perfeição.

Há lutas diárias, quebras-de-braços,

para ver quem é mais forte.

Há dias que a venço,

e dias que sou vencida.

Mesmo perdendo em alguns dias,

estou em paz.

Aprendi, que nem sempre posso ganhar,

que há dias em que a tristeza, é mais forte.

Que há dias, que a chuva me traz saudade,

que a neblina que cobre os dias,

me traz nostalgia.

Mas, sei que o sol vai voltar,

seja hoje ou amanhã.

E, no sol também há paz.

Andei, pelo mundo a fora,

em busca de paz.

E, descobri que ela estava em mim,

dentro do meu silêncio,

dentro da alma desassossegada.

Há tanta paz no silêncio,

há tanta paz em mim,

para seguir amanhã.

E, se a tristeza chegar,

ainda vou quebrar braço com ela,

mas, os meus braços

- ela nunca quebrará