Virada na onça!

Seu Airton mora no encontro das águas do Pantanal

com o asfalto da BR 262.

Pantaneiro proseador, anda querendo mais que a mesma fala,

todo dia cedim, da jacarezada pedindo rango.

Para passante que achegue, seu Airton desembesta a falar,

fosse a palavra, camalote descendo o Rio Paraguai - sem porto de parada.

Seu Airton me sondou pra mulher boa de ariar panelas.

Perdão, seu Airton! Mas nem nesse Pantanalzão todo,

onde a prosa é quem abre caminhos,

nem nesse aguaceiro de costumes próprios,

se afoga minha reprimenda ao machismo.