Folclore

Contam por aí uma história de um povo escravo, filho do Boto com a Mãe D’água, que caiu no conto de que o cavalo perdido, este país sem corrupção e que só anda para frente, precisava ser achado. Este povo olhava as pegadas de um cavalo Curupira e caminhava a passos largos para o passado. E este povo cada vez mais mula, cada vez mais sem cabeça, ovelhas ajudadas por um juiz Corpo–seco, ficava a mercê de um Lobisomem que não respeita lua.

Alguns querem uma bala de prata, alguns gritam para este povo não ficar cego pela Mãe-de-ouro, que são estas promessas cantos de sereia.

Gostaria de ter um gorro mágico e tragar num cachimbo a gostosa satisfação de estar errado, mas a Pisadeira da ignorância não deixa. Ela não considera a madrugada e pisa dia e noite: “Olha a touca dele, é vermelha! É comunista! Vai para Cuba!”

Oh valha-me Boitatá! Risca de fogo os estúpidos, pois sei que deste formigueiro de néscios a lógica pode ter fé e rezar, mas nem Nossa Senhora salva.

E sabe aquela história de país do futuro?

Acho que é folclore!